MENSAGEM OFICIAL DE FORMATURA DO CURSO DE MÚSICA DO STMBL.

Parabéns aos formandos, às suas famílias, às suas igrejas, ao STMBL -Seminário Teológico Ministerial Batista Litorâneo- seu diretor: Pr. Filipe Pinto Lima, coordenador de música: MM. Josinei Silvério e professores, parabéns à ABLF - Associação Batista Litorânea Fluminense, parabéns ao povo de Deus por mais estes servos preparados para atuarem nas lides cristãs.

Tentei fazer um resumo visual do curso de música que, neste momento, concluem os formandos. Juntei, então, música e bíblia...

Entretanto me pareceu faltar algo fundamental, isso mesmo, um fundamento basilar do ministério cristão, a saber: AMOR. Sem amor é possível fazer música, sem amor é possível utilizar a bíblia, mas sem amor não há ministério cristão, pois é ele, o amor, o que distingue um serviço comum de um ministério genuinamente cristão(João 21:15-17). Quanto os formandos receberam de amor, nesta casa? Quanto cresceram em amor em suas igrejas, em seus ambientes familiares, entre si? Portanto...

Vamos compartilhar uma passagem bíblica que nos servirá de base para algumas reflexões importantes sobre o amor:

Gálatas 5:13-15

13 - Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.

14 - Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.

15 - Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros.

Ao relermos o versículo de número 15 nos deparamos com uma situação de desamor, e, é exatamente desse ponto que desejo iniciar nossa meditação sobre o amor, uma vez que, não raro, em nossas igrejas, encontramos a disputa por espaço: PASTOR versus MÚSICOS. Essa disputa interessa a apenas uma pessoa, "o inimigo de todos nós", pois todos os demais saem perdendo: o pastor, os músicos, a igreja, as almas perdidas, o Reino de Deus, o mundo...

Precisamos refletir sobre o amor para vencer o descrito no versículo 15, que lemos, e o faremos a seguir:

ALGUMAS REFLEXÕES IMPORTANTES SOBRE O AMOR:

1. O amor é posto à prova nas divergências.

Gálatas 5:13

13 - Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.

No exercício do livre arbítrio no contexto da igreja surgem divergências, muitos tipos de divergência, mas, para exemplificar, vou falar sobre um tipo de diferença entre as pessoas que convivem nas igrejas.

Há pessoas de faixas etárias diferentes na igreja, e isso faz com que haja diferentes preferências musicais, reflexo de diferentes momentos sociais de sua criação.

Como o músico e o pastor vão lidar com isso? Privilegiando os estilos musicais preferidos pelos jovens todos os de outras faixas etárias ficam descontentes, privilegiando os estilos musicais preferidos pelos idosos todos os de outras faixas etárias ficam descontentes, privilegiando os estilos musicais preferidos pelas pessoas de meia idade todos os de outras faixas etárias ficam descontentes...

O amor precisa se apresentar! Temos na igreja várias gerações de uma mesma família: avó, mãe, neto. O que deve ser vivenciado é que o neto ama sua avó, e quando, na igreja, está sendo executada uma música do estilo preferido por sua avó, embora não seja o estilo preferido por ele, este fica feliz por saber que sua avó está feliz, e vice-versa e em todas as direções, e também extensivo aos demais irmãos da igreja, que não são parentes co-sanguíneos, mas são parentes na família de Deus(Efésios 2:19). "O bem vence o mal..."

2. O amor é uma intenção consciente.

Gálatas 5:13

13 - Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.

O amor é cantado em verso e prosa pelos poetas, e o amor do poeta é um sentimento, um estado emocional alterado, com calafrios, arrepios, sensibilidade exagerada, mas, a emoção não é confiável, ela é volúvel. Por exemplo: num dia você acorda cheio de compaixão pelas pessoas, passa por uma pessoa na rua, se comove com sua situação desfavorável, estende a mão dá-lhe uma ajuda, mas no dia seguinte você, a mesma pessoa, acorda azedo e sem nenhum sentimento de misericórdia, passa por aquela mesma pessoa do dia anterior e se irrita ao lembrar-se da ajuda prestada. As emoções todas as semanas levam pessoas a decisões nas igrejas, decisões estas que na maioria das vezes não resistem sequer à manhã seguinte.

O amor descrito por Paulo "servi-vos uns aos outros pelo amor" é uma decisão consciente, não emocional, mas duradoura, uma intenção moral de amar às pessoas independentemente do que elas façam, não depende de agradecerem, não depende de tratarem bem, não depende de valorização. É amar sem condicionais e ponto final.

3. O amor é o caminho mais excelente.

I Corintios 12:31; 13:1

31 - Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.

1 - AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

O caminho mais excelente apresentado por Paulo é o amor, que deve ser ministrado por cada um de nós, para que caiam por terra as diferenças entre os ministérios, de forma que sejam mitigadas as disputas entre ministros da palavra, de música, de limpeza...

O ministro deve se ver, antes de mais nada, como ministro de amor, aquele que inspira as pessoas a amar, que ame de maneira tão intensa, tão decidida, que todos os que entrarem em contato com ele sejam ministrados pela graça de Deus e adquiram esta qualidade, a qualidade de amar e fazer amar.